A Perdição do Barão
Lucy Vargas
R$ 27,10
ISBN-13: 9788528623093
ISBN-10: 8528623092
Ano: 2018 / Páginas: 378
Idioma: português
Editora: Bertrand Brasil
A família de Patrick, como muitas da aristocracia inglesa, foi marcada por escândalos amorosos e sofrimentos. Não é à toa que ele acredita estar amaldiçoado pelo “mal do amor”.
Quando se apaixona por Hannah, cuja família também esconde segredos, Patrick não consegue confiar nela e muito menos acreditar que um dia seu amor será correspondido. Ele parte decidido a esquecê-la, mas incapaz de conter o amor que sente, ele aceita: Hannah é a sua perdição.
Se permitir que fantasmas do passado continuem a assombrá-los, Hannah pode escapar por entre seus dedos, pondo em risco seus votos e seu elo inquebrável. Quanto mais esse elo é capaz de resistir? Até onde Patrick é capaz de ir por sua baronesa?
Sabe
aquela sensação de ter páginas demais e história de menos?
Foi isso que eu senti com esse livro. Eu lia, lia e lia e
parecia que não saia do lugar, porque estava sempre acontecendo as mesmas
coisas.
Esse foi meu primeiro contato com a autora Lucy Vargas, algumas
amigas haviam me falado bem da sua escrita e em novembro ela vai estar aqui em
Fortaleza para o Chá de Época da Record, por esse motivo A perdição do barão
entrou na minha lista de leitura. Ah, lógico que essa capa belíssima ajudou e
muito na decisão de pegar esse livro pra ler. É uma capa tão simples, singela e
que transmite paz. Gostei muito mesmo. E ao terminar o livro a interpretação
que eu tiro dela é que esse momento é a calmaria após a tempestade. Ao ler a
sinopse imaginei que seria um livro bem meloso, mas não é. Na verdade o que
encontrei presente nessas páginas foi um dramalhão.
Um dos pontos positivos desse livro é o fato de ser narrado
pelo Barão Patrick. Gosto quando temos a perspectiva masculina da história e
nesse caso ficamos no escuro por um bom tempo, porque sabemos o quanto ele é
apaixonado pela jovem Hannah, melhor amiga da sua irmã Grace, mas não temos
ideia do que se passa na cabeça dela e principalmente em seu coração.
O começo do livro é bem movimentado, com a mãe de Hannah
ficando de luto pelo homem que sempre amou, mas não se casou, porque para sua
mãe, a Duquesa, o amor não importava e sim um casamento bom financeiramente
falando. Esther, quer seguir os passos da avó porque dá muita importância ao
dinheiro, mas Hannah não quer viver uma vida sem amor e seguindo os caprichos
da Duquesa, ela está enamorada de um rapaz que sua avó não aprova. É, ele não é
o Patrick e assim começa o tormento do Barão, porque Hannah já está interessada
em outra pessoa. Só que a vida sempre dá um jeito deles se esbarrarem nos
piores momentos possíveis e como é de se esperar eles acabam se casando.
E é nesse momento que a leitura fica cansativa e repetitiva,
porque quando eles começam a se entender acontece algo e eles voltam a ficar
afastados. Parece ser um ciclo sem fim. A mesma coisa acontece com os
personagens que os cercam, a vizinha Olivia e o melhor amigo do Patrick, Stephen.
A personagem mais decidida é a Grace, que após sofrer uma desilusão amorosa não
se importa com o que a sociedade fala por ela ter mais de 20 anos e continuar
solteira. Ela é uma boa irmã e amiga.
Uma coisa que a autora abordou de uma forma bem aberta é a
traição nos relacionamentos da época, é a primeira vez que leio um livro de
época que fale tanto nesse assunto, as pessoas já casavam pensando em quem
seria seu amante e as propostas eram feitas na maior cara de pau. Em alguns
momentos não senti que estava lendo um livro de época por causa das palavras
empregadas.
Outro ponto positivo são as epígrafes presentes no início de
cada capítulo, trechos de grandes obras e autores conhecidos que estavam
relacionados com o que estaria presente no capítulo. Foi interessante também
ler a nota da autora sobre sua pesquisa relacionadas as viagens de navio.
Hannah e Patrick gostam de viajar, iria gostar se isso
tivesse sido mais explorado. Acho que não gostei tanto assim do livro porque
não me afeiçoei a nenhum personagem e não senti esse amor pelo casal. Foi uma
leitura ok. O epílogo foi bom.
Por Renata Kerolin