Crítica | Coringa (Joker) 2019


Nome original: Joker
Data de lançamento 3 de outubro de 2019 (2h 02min)
Direção: Todd Phillips
Elenco: Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz mais
Gênero Drama
Nacionalidades EUA, Canadá
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.


O que é um vilão sem o mocinho/herói? Apenas uma pessoa má? Apenas o contraponto do protagonista? Ou ele é um personagem concreto, tão complexo quanto o mocinho?

Há muito, vilões sempre são vistos no lado oposto do herói, onde um não existe sem o outro. Mas tanto quanto o herói, o vilão também é adorado pelos apreciadores da arte de contar histórias. Os fãs de quadrinhos que o digam, pois recentemente Loki e Thanos ganharam os corações do público ao rivalizar com os Vingadores da Marvel. Mas esses, mesmo com todo o sucesso, estavam à sombra dos heróis. 



E eis que no meio de tantos filmes de heróis, um dos vilões mais icônicos dos quadrinhos ganha um filme para chamar de seu. Mas não qualquer filme, um filme à altura, digno dos vilões com direito a classificação +16.

Sim, Coringa (Joker) ganha nova forma, uma origem e um filme perturbador. Quem dá vida ao palhaço insano é Joaquim Phoenix. 



Arthur Fleck só queria fazer as pessoas sorrir, mas a sociedade quer sorrir? Arthur descobre e nos apresenta o quanto a sociedade pode moldar e transformar as pessoas. 

Desconsiderado por tudo e por todos, Arthur vai se despedaçando e dando forma ao perturbado Coringa. E é nesse ponto que Todd Phillips (sim, o mesmo diretor de Se Beber não Case e Nasce uma Estrela *pasmem*) acerta em cheio. Todd é pontual e assertivo na forma que como ele monta todas as peças, transformando um palhaço falido em um dos mais temidos vilões de Gotham City. 


Perturbador, Coringa incomoda e muito. E é por motivos errados que o filme acerta tanto, mostrando o lado cruel da sociedade, o quão insana pode ser uma mente, cutucando nossas éticas sociais e políticas, nos fazendo refletir um pouco.

E toda essa loucura ficou linda em um filme bem dirigido, efeitos e fotografia dignas de Scorsese (já assistiram Taxi Driver?)

E não poderia deixar de falar do genial Robert De Niro que é fundamental para toda essa pscicose. 


Então, se está cogitando levar filhos e sobrinhos para assistir ao filme, eu pensaria duas vezes. Coringa é um filme forte tanto visualmente quanto mentalmente (eu mesmo saí perturbado e chocado do cinema). 

Lindo e perturbador são os adjetivos que definem esse filme de arte e merece no mínimo ser indicado a todos os prêmios voltados para a nona arte. 

Coringa estreia nos cinemas brasileiros no dia 3 de outubro de 2019, mas já é possível comprar ingressos para a pré estreia que acontece hoje, 2 de Outubro.



Assista! E se você sentir incômodo, sentimentos ruins, coração apertado, não se assuste (tanto), pois essa é a intenção ao mostrar a perturbada mente de um dos maiores vilões dos quadrinhos. 

*Imagens retiradas do site Adoro Cinema.


Por Eddy Silva
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