Resenha | O novo poder (Henry Timms e Jeremy Heimans)

O novo poder
Como Disseminar Ideias, Engajar Pessoas e Estar Sempre Um Passo à Frente em Um Mundo Hiperconectado
Henry Timms...
R$ 30,50
ISBN-13: 9788551003770
ISBN-10: 8551003771
Ano: 2018 / Páginas: 336
Idioma: português 
Editora: Intrínseca

Por que certas iniciativas ganham proporções tão grandes enquanto outras não dão em nada? Em O novo poder: Como disseminar ideias, engajar pessoas e estar sempre um passo à frente em um mundo hiperconectado, Jeremy Heimans e Henry Timms discutem alguns dos maiores casos de sucesso de nosso tempo — o crescimento de megaplataformas como Facebook e Uber, as vitórias inesperadas de Obama e Trump, o surgimento de movimentos como #MeToo — e revelam o que de fato está por trás de todos eles: a ascensão do novo poder, que não é mais protegido e inalcançável como o antigo, mas aberto, colaborativo e movido principalmente por indivíduos comuns. A batalha entre esses dois modelos é o que determina quem nos governa, como trabalhamos e até mesmo como pensamos e nos sentimos. Com exemplos do mundo dos negócios, do ativismo político e da cultura pop, passando pela análise de organizações como Lego, NASA e TED, os autores explicam como construir e usar da melhor forma esse novo poder.

Quando eu comecei a ler esse livro eu pensava nos cases que iria ver sobre como lidar com todo esse poder das novas mídias, que para mim, que sou da década de 80, é uma coisa maravilhosa e assustadora ao mesmo tempo. Eu não nasci na era da internet, eu me adaptei a ela. 

Mas tudo que eu consigo pensar agora, finda a leitura, é neste processo eleitoral e na onda bizarra e surreal pelo qual o país vem passando, justamente por causa deste Novo Poder. 

Enquanto no Velho Poder, uma celebridade era capaz de convencer centenas de pessoas a comprarem um produto - ou uma ideia, no Novo Poder isso não acontece mais, é preciso muito mais que isso para convencer alguém. Estamos na era dos memes, das fake news, da graduação de whatsapp. Eu só consigo pensar em como o candidato do PSL chegou onde está hoje, o candidato mais votado dessa eleição, mesmo com todas as bizarrices que saem da boca dele a cada entrevista ou vídeo divulgado. 

Nesse Novo Poder somos nós que espalhamos as ideias, e é aí onde entram as Fake News. Isso se dá a alguns atributos que os autores propõem: Essas ideias precisam estimular algo, além de lembrar, admirar. Elas precisam estar conectadas, você compartilha comigo porque temos afinidade com esse pensamento. E elas precisam ser adaptáveis e editáveis a partir de um mesmo princípio. 

Tudo que você tem que fazer é encontrar seu público alvo, mas não é qualquer pessoa, são aquelas pessoas que pensam como você, que tem algum tipo de influência e que estão todas conectadas. Essas pessoas são chamadas pelos autores de conectores conectados, ou seja, elas ajudam a propagar as ideias e mensagens para suas redes, e em cada rede existem seus próprios conectores, que passam a mensagem adiante e assim sucessivamente. 

 “As pessoas comuns, os líderes e as organizações que vão prosperar serão aqueles com mais capacidade de canalizar a energia participativa dos que estão à sua volta — para o bem, para o mal e para o trivial.”

Nosso mundo está cada vez mais conectado e o novo conceito de poder também está se transformando. Hoje em dia nós temos capacidade de mover grandes mudanças na nossa sociedade. Um exemplo disso é o movimento #EleNão, que mobilizou celebridades do Brasil e do mundo inteiro, como Roger Waters, Cher, Madonna, etc., contra o fascismo que ameaça o nosso país. O Novo Poder trata disso, do ato de engajar com sucesso uma multidão em uma causa, ou em prol de uma marca, como o livro também cita cases de sucesso como Airbnb, Uber, LEGO etc. O poder está na mão de quem melhor consegue se comunicar com seu público, e de forma mais rápida, pois este mesmo público está cada dia mais consciente do seu poder de mudança.

Leitura mais do que recomendada para todos aqueles que querem se atualizar nesse fascinante mundo das mídias digitais. 

 “O futuro será uma batalha pela mobilização.”
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