Como já falamos no primeiro post dessa Semana Especial Hugh Glass foi um famoso desbravador americano. Hoje, vamos falar um pouco da licença poética que o filme O Regresso elaborou para contar a vida desse homem.
O filme O Regresso conta como Hugh Glass foi deixado para morrer pelos companheiros após ser atacado por um urso, viu seu filho ser assassinado por um dos seus companheiros de viagem e se recuperou tudo para vingar o mal que foi feito a ele e a seu filho, percorre neve e água e supera seus ferimentos.
O ataque do urso realmente existiu, mas não existia nenhuma testemunha. Quando os companheiros de Glass o acharam espantaram o urso e o deixaram para morrer com dignidade com dois homens. O filho índio de Glass nunca existiu e esse motivo para vingança também não. o homem realmente deixou Glass em uma cova rasa, mas apenas depois de dia em que ele estava agonizando e a beira da morte. No filme, para gerar uma trama de vingança e violência o personagem de Tom Hardy, mata o filho de Leonardo DiCaprio e o tortura, o deixando para morrer em seguida. Licença Poética para a violência é o que temos aqui.
Na vida real após ter percorrido cerca de 80 milhas e ter se recuperado, Hugh Glass encontra Fitzgerald e Bridger, mas ao invés de procurar vingar-se ele perdoa os companheiros reconhecendo que em situação inversa teria feito o mesmo, afinal não havia sinal de sua melhora já que havia dias ele estava agonizando entre a vida e a morte. Do que se sabe da vida dos dois homens que abandonaram Glass, Fitzgerald entrou para o exército e Bridger se tornou um caçador. Não há nenhum registro que comprove que Glass teve herdeiros e nem que viveu com os índios por nenhum período.
Enfim, como vimos Hollywood parece apostar em vingança, violência e superação como algo a ser modificado na vida de um homem para deixá-la mais atrativa.